quinta-feira, 17 de abril de 2008

CONCHA


Recolho-me,
escondo meu corpo ,
meu rosto,
minha natureza mais impotente...
O mar bravio veio,
tomou conta da areia,
derrubou castelos,
invadiu a praia...
O medo me fez mudar,
calar, fechar-me em mim,
as mudanças, quando não são boas,
são assim...
Concha,
fechada,
entubada dentro de mim.
Deixe a maré passar,
baixar até o fim...
Livre estarei,
sem medo de viver,
saio da concha
e na areia,
à espera do sol estarei.

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