Perdi meu rumo
Estou sem sorte
Estou sem norte
Vivendo a morte...
Ela chega em meus braços
Num abraço fatal
Num beijo letal
Num adeus banal...
Estou atônita
Perdida, tonta...
Não sei o que sou, não consigo pensar...
Não sinto as pernas,
O coração bate
Queria que parasse
Que o tempo voltasse
Que você vivesse...
Fiquei perdida...
Alma doída,
Despedida...
Chorei lágrimas que secaram
Cerrei os punhos, dobrei joelhos...
Nada traria de volta meu prumo...
O sol se pôs, a noite caiu ...
Veio tempestade, vento rugiu ...
Despedaçada...
Olhei para o céu.
Deus é fiel!
Fé me faz viver.
Renascendo das cinzas,
Reaprendi a viver....
Busquei meu rumo.
Nau saindo do porto.
Bússola com norte certo...
O porto final chegará prá mim.
Mas tenho vida, enfim...
Reaprendi a amar...
Preciso remar,
andar,
nadar, caminhar,
correr, respirar....
Vida!
Quero reaprender contigo
que o maior castigo
é passar por esse mundo
sem ter vivido!
Stella Vives
Setembro/2011